Este exame indicado para avaliação diagnóstica e de tratamento de doenças da parte superior do tubo digestivo, incluindo o esôfago, o estômago e a porção inicial do duodeno. No procedimento, é introduzindo pela boca um aparelho flexível com iluminação central que permite a visualização por toda área examinada. Pode ser realizado com anestesia tópica (um spray de anestésico na garganta) ou com sedação, com medicação administrada intravenosa para permitir que o paciente relaxe e adormeça.
SOBRE O EXAME
Dependendo da medicação utilizada, o paciente pode não sentir nada durante o exame, ou apenas um desconforto na garganta durante a passagem do aparelho e no estômago durante a insuflação do órgão com ar.
Pode ocorrer que a medicação cause sensação de ardência no local da infusão e no trajeto da veia puncionada.
Se necessário, poderá ser feita uma biópsia (coleta de pequenas amostras de tecido) durante o exame para análise microscópica – tal procedimento é indolor.
Na presença de lesões (pólipos), o médico poderá, dependendo do caso, retirar a lesão durante o exame (polipectomia). Em média, este exame tem o tempo de duração de 10 minutos.
ANTES DO EXAME
– Para a realização do exame é necessário que o estômago esteja vazio.
– O paciente deverá permanecer em jejum completo por oito horas.
– Caso tenha necessidade do uso de alguma medicação prescrita (ex.: anti-hipertensivos) antes do exame, o paciente deve tomar com pequenos goles de água.
– Leite ou de antiácidos não devem ser ingeridos.
– O uso de grande parte das medicações de uso contínuo pode ser postergado para após o exame.
– Caso o paciente seja diabético, o exame deve ser marcado para o horário mais cedo possível, e a insulina ou hipoglicemiantes orais devem ser usados após o exame e próximo à primeira refeição do dia.
ATENÇÃO:
– Evite unhas pintadas (o esmalte prejudica a monitorização da oxigenação sanguínea durante o exame
– Antes do exame: preencha a ficha de admissão e termo de consentimento informado.
– Informe se já realizou outro exame de endoscopia, se teve alergias ou reações a qualquer medicação.
– Óculos e próteses dentárias deverão ser removidos.
– Dependendo da orientação médica, logo antes do início do exame, será oferecida pequena quantidade de líquido contendo substância (dimeticona) para retirar as bolhas da parede do estômago que prejudicam a visualização durante o procedimento.
RISCOS
Apesar de ser considerado um exame seguro, a endoscopia digestiva alta não é isenta de riscos.
Podem ocorrer algumas complicações como a flebite, uma dor e inchaço no trajeto da veia puncionada, dependendo da medicação utilizada para sedação, e rinite secundária por conta do oxigênio por cânula nasal. É raro que haja complicações mais sérias.
As medicações utilizadas na anestesia/sedação também podem provocar reações locais (flebite no local da punção venosa) e sistêmicas de natureza cardiorrespiratória, incluindo depressão respiratória com diminuição na oxigenação sanguínea e alterações no ritmo cardíaco (bradicardia e taquicardia) e na pressão arterial sistêmica (hipotensão e hipertensão).
Porém tais efeitos colaterais são constantemente monitorizados durante o exame com o uso de monitor de oxigenação sanguínea e de controle da frequência cardíaca. A equipe médica é habilitada para o tratamento imediato de quaisquer complicações.
São excepcionais outras complicações, tais como: perfuração e sangramento, podendo ocorrer, no entanto, em procedimentos terapêuticos como retirada de corpo estranho (espinha de peixe, osso etc.), dilatação de estenoses (estreitamentos), ligadura elástica ou esclerose de varizes e retirada de pólipos (polipectomia) ou de lesões planas ou deprimidas (mucosectomia).
O risco de sangramento ou de perfuração nesses procedimentos varia de cerca de 0,5% a 8%. O endoscopista é habilitado para realizar todas as medidas para a prevenção e tratamento de tais complicações, bem como, esclarecer o paciente.
APÓS O EXAME
O paciente deve repousar por cerca de 10 a 30 minutos, até que os efeitos das medicações empregadas para a sedação desapareçam. Garganta adormecida ou levemente irritada, e talvez um discreto desconforto no estômago, são reações comuns após o exame. Espirros ou sensação de congestão nasal também podem ocorrer caso tenha sido administrado oxigênio suplementar durante o exame.
Se sedado, o paciente deve ter ajuda de um acompanhante, que, obrigatoriamente, deve estar disponível para ajudá-lo. Por consequência da medicação, o paciente não pode dirigir, operar máquinas ou beber álcool por 24 horas após o exame.
O paciente pode voltar à sua dieta normal e a fazer uso de suas medicações, caso não haja nova orientação médica.